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O município de Seixal tem 93,58 km² de área, subdividido em 6 freguesias  (Aldeia de Paio Pires, Amora, Arrentela, Corroios, Fernão Ferro e Seixal). Com mais de 184 000 habitantes, é um dos oito concelhos com mais habitantes de Portugal. É  limitado a este pelo município do Barreiro, a sul por Sesimbra, a oeste por Almada (com quem mantém uma forte afinidade) e a norte pelo estuário do Tejo, através do qual tem ligação a Lisboa. 

Seixal

História

 

A cidade do Seixal terá tido origem, muito provavelmente, num pequeno núcleo de pescadores e o seu nome poderá estar associado à grande quantidade de seixos existentes nas praias ribeirinhas que seriam utilizados como lastro nas embarcações. Foi no Seixal que os irmãos Vasco e Paulo da Gama construíram as embarcações para a viagem até à Índia. Enquanto Vasco da Gama estava em Lisboa a preparar a viagem, Paulo da Gama comandava os carpinteiros e calafates na construção das naus. Estêvão da Gama, pai dos navegadores, foi comendador do Seixal. No início do século XVI, a população rondava as três dezenas de fogos e no dealbar do século XVIII, o número de habitantes ascendia a cerca de 400 pessoas. Actualmente, o Concelho do Seixal tem mais de  184 000 habitantes.

 

 

 

 

 

A organização administrativa e territorial do Seixal sofreu várias alterações ao longo dos tempos. Assim, na época de Quinhentos, o povoado do Seixal fazia parte da freguesia de Arrentela, estando incluído no termo de Almada. Só após a revolução liberal, na sequência da reforma administrativa de 1836, no reinado da Rainha Dona Maria II, é que viria a ganhar direitos de concelho. Contudo, em 1895, viria a ser extinto. A Freguesia de Amora foi então integrada no concelho de Almada e as de Arrentela, Aldeia de Paio Pires e Seixal no concelho do Barreiro. Três anos mais tarde, o concelho do Seixal foi de novo instituído, passando também a abranger a freguesia de Corroios, criada em 1976. As alterações de estatuto administrativo acompanharam a evolução e desenvolvimento das povoações. O Terramoto de 1755 fez-se sentir violentamente no Seixal, tendo obrigado as populações ribeirinhas a procurar refúgio nas barrocas do Conde de Vila Nova. A reconstrução foi lenta.

A partir da segunda metade do século XIX, começou a registar-se um significativo surto de desenvolvimento económico e industrial, com a instalação de diversas unidades fabris (têxtil, vidro e cortiça). Ficaram conhecidas a Companhia de Lanifícios de Arrentela, a vidreira Fábrica da Amora e as corticeiras Mundet e Wicander. Há cerca de 100 anos, o Seixal era o principal centro corticeiro do País. Nos anos sessenta, a instalação da Siderurgia Nacional (inaugurada em 1961) e a ponte sobre o Tejo (1966) deram um novo impulso ao desenvolvimento económico do Concelho, com grande incidência no crescimento demográfico e na alteração profunda das suas características urbanísticas.

Em 27 de Maio de 1993, é criada a freguesia de Fernão Ferro, resultante da subdivisão da antiga freguesia de Arrentela. Em 20 de Maio do mesmo ano, as vilas do Seixal e Amora adquirem o estatuto de cidade e Corroios ascende a vila. A presença do Tejo neste concelho, nomeadamente da Baía do Seixal, condiciona o aparecimento de um conjunto de profissões - pescadores, marinheiros, moleiros, calafates, carpinteiros de machado - que, durante anos, constituíram o principal modo de vida das populações. A fisionomia urbana do Concelho foi também definitivamente marcada pela presença do rio, com a construção de moinhos de maré, estaleiros navais e de actividades ligadas à pesca, tais como a antiga seca do bacalhau na Ponta dos Corvos.

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